PROJETO SOCIAL
PROJETO SOCIALNome do Projeto: BEBÊ PREFEITOInstituição Proponente: PREFEITURA MUNICIPAL DE DOUTOR RICARDOCNPJ: 01.613.360/0001-21Endereço: RS 332, KM 21, CENTRO, DOUTOR RICARDO/RSTelefone: (51) 3612.2010Responsável pela Instituição Proponente:Nome: Alvimar Luiz LisotEndereço: RS 332, KM 21, CENTRO, DOUTOR RICARDO/RSTelefone: (51) 3612.2010Fax: (51) 3756.1237Secretárias Municipais envolvidas:Secretaria Municipal da Assistência SocialSecretaria Municipal da SaúdeSecretaria Municipal da EducaçãoResponsáveis técnicas pelo Projeto:Profissionais: Cristiana Bergmann Sgari, Graziela Sinara Gheno Lorenzi e Liliane Blomker. JUSTIFICATIVA Justifica-se este projeto percebendo-se da necessidade de sensibilizar a comunidade ricardense quanto aos cuidados e ao estímulo necessário nesta principal fase de desenvolvimento da pessoa humana.A construção de uma sociedade produtiva e próspera está diretamente relacionada com o investimento realizado nos primeiros anos de vida das crianças, mais especialmente nos três anos iniciais, incluindo também a gestação.É neste período, de zero até os 3 anos, que se estabelecem as bases do desenvolvimento físico, intelectual e psicossocial da criança e que oferecerão as condições para que se torne um adulto capaz de conduzir com autonomia e prosperidade a sua vida.Este processo é, em parte, decorrente da determinação genética herdada de pai e mãe. Entretanto, após o nascimento, a criança passa a estabelecer um relacionamento pessoal com seus cuidadores, que na maior parte das vezes são os próprios pais. É justamente este ambiente familiar que irá promover e facilitar o estabelecimento dos vínculos iniciais do bebê.Como sabemos, o bebê é um ser inteiramente dependente e necessita de cuidados permanentes: alimentação, higiene, estímulos e afeto. Neste sentido, suas vivências emocionais iniciais são bastante ameaçadoras, já que não possui condições próprias de subsistência. A atenção materna por meio da amamentação, dos cuidados alimentares, do acolhimento afetuoso em seus braços, da fala tranquilizadora e amorosa, faz com que o bebê viva esta experiência de forma segura e se aquiete. A repetição desta continência pelos pais nas horas seguintes, nos dias e semanas sucessivas para as mais variadas situações que surgirem, promoverá na criança o desenvolvimento de habilidades pela experiência vivenciada, tornando-o um indivíduo seguro e capaz de lidar com a complexidade das futuras solicitações.As boas vivências que a criança compartilhar com seus familiares a partir de então vão moldando o seu desenvolvimento. Inicia-se nesta fase o aprendizado das regras de convivência: o que pode e o que não pode, o que é seu e o que é do outro, entenderá que tem sua oportunidade para falar e deve respeitar quando outro o faz, e assim por diante. É um longo processo que parte das situações mais elementares para as mais complexas. No decorrer deste processo, a criança percebe a necessidade de aprender a cuidar-se e, então, fazer as coisas por conta própria. Inicia-se a percepção de que seus desejos nem sempre serão atendidos; que muitas vezes terá que tolerar o fato de não ser atendido ou de não conseguir o que pretende – mesmo que esteja tentando por suas próprias iniciativas.Nestas oportunidades, a criança estará lidando com seus sentimentos de frustração, inicialmente desagradáveis, mas muitas vezes úteis e de grande importância para seu desenvolvimento emocional. Ela deverá contar sempre, e principalmente, com a disponibilidade de seus pais, para juntos facilitarem esta caminhada de crescimento emocional.Por outro lado, quando este processo ocorre de modo inadequado pela não atuação e participação dos pais, a criança não consegue estruturar as melhores condições para lidar com as suas emoções. Poderá se tornar pouco habilidosa para administrar as adversidades naturais do dia a dia, desenvolvendo uma baixa tolerância à frustração, além de comportamentos desviantes e que irão prejudicá-la no seu desempenho como ser social. Isso não favorece ajustes nos seus relacionamentos futuros e gera sensíveis prejuízos no seu desempenho como pessoa.É fundamental que os pais sejam esclarecidos da importância da sua participação no desenvolvimento dos seus filhos. Necessitam saber que são eles que vão moldar este desenvolvimento e por isso precisam estar atentos e informados para agir da melhor forma.Os pais devem buscar informações e orientações para que melhor possam desempenhar suas funções. Conversas dirigidas com seu Pediatra, leitura de livros sobre esses temas e até mesmo a troca de experiências com familiares e amigos são iniciativas que vão ajudá-los a atuar de um modo mais cuidadoso e eficiente na relação com seus filhos.A criação de filhos não é uma tarefa simples. Pelo contrário, algumas circunstâncias que parecem elementares, muitas vezes trazem consigo condutas complexas com muitas dúvidas agregadas. E como a criança é um ser em desenvolvimento, a cada faixa etária vão surgindo novas situações, exigindo dos pais um ajuste nas suas atitudes.Felizmente, em nosso município, estamos vivendo um momento bastante especial no qual cresce o interesse e o investimento na primeira infância. Políticas públicas nos âmbitos federal, estadual e municipal vêm se desenvolvendo de modo integrado. Despertamos para a importância do investimento nesta época da vida. Projetos já executados em décadas anteriores em populações com alto índice de vulnerabilidade infantil mostraram evidências de que investir na primeira infância é altamente gratificante a curto, médio e longo prazo: o aprendizado escolar é melhor, há menos delinquência e uso de álcool e drogas, o desempenho profissional na idade adulta é melhor e mais qualificado, refletindo-se numa renda melhor. Doutor Ricardo, 06 de maio de 2013.
Data de publicação: 23/11/2020
Créditos: Margarete Moretto